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Capa do novo single, "Arraial Triste", de Ana Moura

“Arraial Triste” de Ana Moura já tem videoclipe disponível

Já está disponível no Youtube o novo videoclipe de Ana Moura, “Arraial Triste”, pode assistir aqui. O vídeo contou com a realização de André Caniços e as filmagens tiveram lugar na Voz do Operário, onde no final da época dos Santos Populares a artista já tinha feito a curadoria do seu “arraial triste” – descontruído, diferenciado e inclusivo.

“Arraial Triste” é o quarto single de Casa Guilhermina a ver a luz do dia. Por esta altura é indiscutível a diferença que Ana imprime na sua arte: a nova fase da sua carreira traduziu-se em liberdade, criatividade e uma visão fresca para o caminho que sempre trilhou.

A história de “Arraial Triste” remete-nos para um mundo diferente, em Junho de 2021, quando ainda imperavam regras de contenção pandémica e as festas populares de Lisboa não puderam acontecer. Nessa altura, Ana Moura estreou um vídeo em que, à sua maneira, assinalava a alma lisboeta dos Santos Populares sentando à mesa uma série de amigos para a celebração possível de um momento tão importante.

Agora cumpre-se o último passo antes de se abrirem as portas do álbum Casa Guilhermina e o “Arraial Triste” assume o seu devido lugar no trajecto para o novo álbum, merecendo um vídeo em que todo o universo estético de Ana Moura volta a estar em foco. Sobre sombra melódica, Ana começa por confessar que mora na costa e que já deixou muitas lágrimas na areia, traduzindo em palavras tão simples aquela que é, afinal de contas, a alma antiga do fado. O arranjo é simultaneamente reverente da tradição e moderno, cruzando as guitarras portuguesas com os modos rítmicos do fandango, em mais um estudo musicalmente profundo das suas próprias raízes.

A composição carrega a assinatura da própria Ana Moura juntamente com as de Pedro Mafama e Pedro Da Linha, com a letra a ser repartida entre Ana e Mafama, mostrando assim a artista a reforçar a sua evidente veia autoral. A guitarra de Ângelo Freire e as percussões de Mário Costa embalam depois a voz cada vez mais genuína e singular de Ana Moura, tão capaz de evocar a luz e a felicidade como a tristeza melancólica que já a todos e todas assaltou. É que por vezes a vida parece mesmo ser um arraial triste. E quando assim é só se pode mesmo balançar com as folhas da palmeira.