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GOGO PENGUIN ATUAM EM PORTUGAL EM DE MAIO DE 2026
O trio de Manchester que GoGo Penguin está de volta a território nacional para uma maratona de três espetáculos que promete reforçar os laços com os fãs portugueses: dia 12, no Convento São Francisco, em Coimbra; dia 13, na Casa da Música, no Porto; e dia 14, no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. Os bilhetes estão à venda na Ticketline.
A banda vem apresentar o novo álbum “Necessary Fictions” já disponível. Este álbum marca um novo e emocionante capítulo na evolução musical da banda, oferecendo uma exploração ousada e expansiva de identidade, lugar e transformação através de paisagens sonoras profundamente pessoais e cinematográficas. O álbum chega junto com um visualimpressionante para o novo single Luminous Giants, que conta com Rakhi Singh e Manchester Collective.
Com Necessary Fictions, os GoGo Penguin – o pianista Chris Illingworth, o baixista Nick Blacka e o baterista Jon Scott – mergulham num novo território criativo, combinando o seu híbrido característico de jazz, eletrónica e influências minimalistas com novas texturas e profundidade emocional. Necessary Fictions vê o trio a expandir a sua paleta sonora com a inclusão de sintetizadores modulares, gravações de campo e colaborações convidadas. É o seu trabalho mais sonicamente aventureiro e pessoal até à data.
O álbum reflete a vontade da banda em evoluir, desafiar-se e libertar-se de velhos hábitos. “Queríamos aprofundar na essência do que queremos que nossa música diga”, explica Blacka. “Nós realmente abraçamos o que parece autêntico para nós agora, sem nos preocupar-mos com o que as pessoas esperam de nós.” O resultado é uma coleção de faixas que parecem ousadas e intimamente fundamentadas, mostrando a confiança e a visão criativa dos GoGo Penguin.
Um dos desenvolvimentos mais notáveis em Necessary Fictions é a colaboração da banda com músicos convidados, marcando uma estreia para os GoGo Penguin. O álbum apresenta o conjunto de oito cordas, os Manchester Collective, com o violinista Rakhi Singh a contribuir para as faixas Luminous Giants e State of Flux. A banda convidou também o cantor e compositor Daudi Matsiko para participar da faixa Forgive the Damages, a marcar a primeira vez que um vocal foi incluído nas gravações dos GoGo Penguin. “Este foi o momento em que nos sentimos verdadeiramente prontos para colaborar”, diz Illingworth. “Parecia natural e essencial para o álbum.”
Necessary Fictions reúne uma mistura de texturas acústicas marcantes e eletrónica experimental. A peça central do álbum é a faixa profundamente cinematográfica Naga Ghost, que muda de instrumentação acústica delicada para territórios eletrónicos ousados, antes de ser espelhada em Silence Speaks, onde a música transita de sintetizadores de volta para elementos acústicos. Estas duas faixas encerram o álbum, destacando a recém-descoberta confiança da banda na sua visão criativa.
Ao longo do álbum, a fusão de géneros do GoGo Penguin é explorada com uma nova intensidade. Faixas como What We Are e What We Are Meant to Be incorporam uma simplicidade e clareza melódica que contrasta com as texturas complexas dos álbuns anteriores. “Estávamos hesitantes no passado, questionando se estávamos fazendo jus ao nosso rótulo de ‘jazz'”, diz Blacka. “Mas agora sentimo-nos livres para fazer música que pareça verdadeira, independentemente do género.” Esta mudança de mentalidade também se reflete no título do álbum, Necessary Fictions, que é inspirado no conceito do “eu sombra” explorado no livro The Middle Passage de James Hollis. O título evoca a jornada de autodescoberta da banda, abraçando tanto as partes de si mesmas que esconderam quanto o processo de redefinição da sua identidade.
A abertura do álbum, Umbra, dá o tom com uma mistura de sintetizadores exuberantes e piano, atraindo o ouvinte para o novo mundo sonoro da banda. Enquanto isso, Living Bricks in Dead Mortar explora temas de decadência e renovação, enquanto Luminous Giantscanaliza o espanto e majestade da natureza, inspirado num momento que a banda compartilhou enquanto caminhava pelas florestas de sequoias do noroeste do Pacífico. A profundidade emocional destas faixas, combinada com a sua exploração sonora, faz de Necessary Fictions um lançamento poderoso e multifacetado.
Além das contribuições dos convidados, o processo de produção do álbum também representa um avanço significativo para os GoGo Penguin. A banda passou grande parte de 2024 a gravar no seu próprio estúdio em Manchester, criando um ambiente que era tanto sobre liberdade criativa quanto sobre espaço físico. “Tratava-se de fazer com que o estúdio se sentisse como um lugar que queríamos estar”, diz Blacka. “Queríamos sentir-nos inspirados e livres, e tornou-se o nosso lugar de expressão.” Este ambiente permitiu ao trio experimentar novos sons, incluindo sintetizadores modulares, e trabalhar na música com uma sensação de alegria e entusiasmo.
Após um período de turbulência pessoal e profissional, incluindo a saída do baterista fundador e a perda de familiares próximos, Necessary Fictions representa um momento triunfal de renovação para o GoGo Penguin. O trio saiu desses desafios com um renovado senso de propósito, e o álbum reflete a sua jornada de crescimento pessoal, tanto como indivíduos quanto como banda. Necessary Fictions não é apenas uma coletânea de músicas, é uma declaração poderosa sobre quem são os GoGo Penguin agora e para onde eles estão indo em seguida.
“Fazer este álbum foi diferente”, diz Illingworth. “Eu estava a sorrir muito no estúdio, e ainda estou a sorrir agora que penso nisso. Espero que essa energia se traduza nas pessoas.” O resultado é um álbum que é tanto sobre exploração quanto sobre conexão pessoal – uma celebração de onde a banda esteve e para onde eles estão a ir.